AS
CONTRADIÇÕES
Em todo lugar: obras. Era de se esperar
contentamento. Alegria. Afinal, ocorrem intervenções que se destinam a melhorar
a qualidade e a vida da maioria dos brasileiros. Percebo, no entanto, um azedume
de alguns. Casualmente são aqueles que foram, representam ou desejam
representar as elites brasileiras. A chegada, o acesso aos bens e serviços até
então, quase exclusivos, passaram a ser alcançáveis a maioria dos brasileiros.
Isso apavora. As obras que são tratadas como problemas geram empregos e renda,
ou seja, aquecem a economia, basta verificar o nível de investimentos circundam
a região onde estão sendo implementadas as intervenções. O azedume é tanto que tempo
atrás acusavam a impossibilidade da realização, depois passaram a procurar
problemas jurídicos, técnicos e operacionais, até esse ponto, considero
louvável. O que acho estranho, senão contraditório é o fato de se torcer por
fatalidades. Uma delas aventada sobre a não realização da Copa no Brasil.
Causou prejuízos econômicos principalmente a cadeia do turismo (espero que hotéis,
bares, restaurantes, transportes se lembrem dos autores e daqueles que os
patrocinaram), além da imagem do país. Prosseguindo, temiam o fracasso da Copa
mas, ao que se vê, o que vai acontecer é faltarem ingressos, tamanha é a
vontade de participar dessa festa única. Muito apresentador de TV, por exemplo,
dessas que são cabos eleitorais da direita, diziam dos valores que estavam
sendo investidos na Copa em detrimento de outras obras também necessárias. Esqueceram
intencionalmente de mostrar a relação custo-benefício tão alardeada pela
direita, pois revelaria o enorme ganho que o país tem com a Copa. Esqueceram
ainda, que as obras são financiadas pelo BNDS, portanto, não são doações mas, financiamentos
e como tal, devem ser pagos. O caos tão decantado em alguns setores da
atividade pública não ocorreu nos últimos dez anos, quando o PT governa o país,
mas são decorrentes de vários governos anteriores que deixaram de fazer,
minimizaram investimentos e sucatearam setores e que agora começam a sofrer a
intervenção necessária. O ato irresponsável não parte nem dos governos Lula,
nem do mandato da Presidenta Dilma, o que ocorre é que estes tiveram a coragem
de intervir em setores que estavam escondidos, debaixo do tapete por onde
desfilavam estes que agora tentam bicar tudo o que está sendo revelado e feito.
A mesma Copa que segundo os azedos de plantão poderia ser o início da derrocada
petista, agora é motivo de a todo momento levantarem que ela ocorre em ano
eleitoral (esquecem que ocorre de 4 em 4 anos), que nem mãe Diná poderia prever
tamanha aceitação dos brasileiros na Presidenta Dilma e que como Chefe de
Estado deve fazer-se presente. O negócio agora dos azedos é torcer contra a
equipe brasileira. Entendem os especialistas que o fracasso do selecionado
brasileiro poderia ser “captado” pela oposição. Torcem contra a
empregabilidade. Torcem contra a economia. Torcem contra as obras. Torcem
contra os programas. Torcem contra quem entra na universidade. Haja tanto
patriotismo!!!