Nesses dias em que
se comemoram os 294 da capital mato-grossense circulei em ônibus, veículo de
passeio e de motocicleta e percebi algo comum a quaisquer deles – a
oportunidade de realizar um intensivo treinamento para a prática de esportes
radicais. Sim.
As ruas encontram-se de tal modo esburacadas, quando chove com
poças e em outros lugares com o asfalto ou mesmo a rua de terra destruída que
se pode treinar desde o rali, o autocross, o MotoCross.
Radicalizou de vez o
alcaide.
O problema é nem todos possuem veículos adaptados a deslocar-se nessas
condições. O bom humor dos cidadãos tem colaborado para que não ocorram
incidentes desagradáveis.
O cidadão cuiabano nato ou adotado tem como
característica esse jeito de enfrentar os problemas com um sorriso e esperança.
Reclama pouco e trabalha muito, algo que se espera do alcaide e seus assessores
quando o assunto é a recuperação e melhoramento da malha viária do Município.
Tem-se percebido as lamurias do alcaide contra uma suposta herança nefasta de
seu antecessor e apoiador.
Não se deve lamentar de alguém que ontem era seu parceiro.
Adotando ou não
estilos diferentes, parece que a conduta tem sido a mesma.
O antecessor
reclamava discretamente de que teria recebido o comando de Cuiabá em condições
que impediam a melhor governança e ao final dizia sustentava estar legando ao
sucessor um Município bem organizado em suas finanças e que este poderia fazer
muito mais que ele.
Passados alguns meses, o atual alcaide não tem feito outra
coisa senão lamentar as condições que recebeu o Município.
Estranho.
Acredito
que o alcaide contribuiria muito mais se identificado qualquer problema da
gestão anterior encaminhasse a Justiça para que apurasse as responsabilidades
e, se for o caso, buscasse a restituição dos valores consumidos ao erário.
Essa radicalidade do alcaide que tanto elogio
o programa Poeira Zero de seu antecessor é angustiante.
Difícil de imaginar que
meses após tantas loas agora permaneça emudecido.
Enquanto não se resolve,
vamos festejar os 294 dessa cidade que tem história, gente hospitaleira e muita
coisa bonita para se ver.
Não que isso seja pão e circo, apenas uma forma de
dizer que - apesar de – Cuiabá e sua gente são, e merecem continuar a ser
feliz.
Não sejamos radicais com o alcaide
afinal, talvez, ele não saiba o que faz.
Marco Antonio Veiga